sábado, 12 de novembro de 2011

Pelas ruas do destino



Tenho andado tão sozinha pelas ruas do destino
Caminhando com a vida toda essa dor sentindo
Tenho andado por veredas sem restos pra deixar
Vou chorando minha historia sem palavras pra falar

Vou cantando com o vento o que não aprendi cantar
E com ele vou seguindo sem saber se vou chegar
Caminhante sem destino cantando versos pro luar
Entre prantos e desencantos que vontade de chorar

Meus sonhos se fizeram brotos numa cruel tempestade
Caíram todos por terra sem terem se feito flor
Assim me ensinaram que a vida também é feita de dor

Pelas ruas do destino,  mesmo sozinha vou seguindo
Brincando com o pensamento de traçar outro caminho
Em que possa viver rindo sem precisar de carinho.

Vivi dos Anjos

sábado, 5 de novembro de 2011

Afinal, quem é você?



Afinal quem é você?
Que entrou em minha vida
Sem nada me dizer.
Remexeu os meus guardados,
Despertou os meus desejos e emoções,
Descobriu os meus segredos.
Ironizou minhas carências
E me fez mulher.
Afinal quem é você?
Que adivinhou minhas vontades
E entre inocente e indecente
Se entregou e me tomou.
Viveu as fantasias mais ardentes,
Buscou os meus sonhos mas carentes
E entre beijos e sussurros indecentes
Me possuiu sem nenhum pudor.
Me fez fêmea, me fez fera, me fez mulher
Me lambeu, me arranhou e me engoliu
E depois, no meu cansaço.
Como homem, como criança.
Inocente ele dormiu.
Afinal quem é você?

Vivi dos Anjos

terça-feira, 1 de novembro de 2011

No fim do mundo



Lá no fim do mundo, lá do último horizonte
Onde até o pensamento nunca vai chegar
Talvez, quem sabe, lá exista um mundo
Que um dia exista depois de todo terminar?

Quem sabe lá só existam flores, e não canhões?
Existam arco-ires pintados pelas crianças
Rios de águas cristalinas cantando cirandas
E guirlandas feitas de amor e coloridos corações?

Nesse mundo onde os olhares são gotas de cristais
Os beijos, pedaços de nuvens perfumados pelo vento
E o amor é eterno por que lá não existe tempo

Um mundo onde a felicidade carrega o pensamento
Em que a ternura corre entre os apaixonados
Fazendo-os mais apaixonados a cada momento.

Vivi dos Anjos

Mulher não é pecado



Não quero cantar nem gritar hinos
Apenas rezo orações que aprendi
Ainda quando criança, me lembro
E nunca, delas, um dia  esqueci

Hoje, mulher, rezo orações diferentes
Orações novas que nem sei onde li
Hinos, louvores que talvez nem traduzam
A dor,  pelos tantos pecados que já vivi

Sou mulher, sou pecado, prazer e desejos
Sou serena, sou noite, sou lua e luar
Sou história sou vida, sou até o teu pecar

Se sou teu pensamento indecente, desculpa
Se me pensas nua, sou mulher, sou pecado
Nem sempre, do pecado, é minha a culpa.

Vivi dos Anjos

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